WATLER CRANE

JEAN LEON GEROME

JEAN LEON GEROME

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  • Friedrich Nietzsche: Assim Falou Zaratustra
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  • William Faulkner: Luz em Agosto
  • William Shakespeare: Hamlet

EDVARD MUNCH

JEAN PERRAULT

sábado, 1 de março de 2008

GUIMARÃES ROSA

Toma as espadas rútilas, guerreiro,

E à rutilância das espadas, toma

A adaga de aço, o gládio de aço, e doma

Meu coração — estranho carniceiro!

Não podes?! Chama então presto o primeiro

E o mais possante gladiador de Roma.

E qual mais pronto, e qual mais presto assoma

Nenhum pôde domar o prisioneiro.

Meu coração triunfava nas arenas.

Veio depois um domador de hienas

E outro mais, e, por fim, veio um atleta,

Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem…

E não pôde domá-lo, enfim, ninguém,

Que ninguém doma um coração de poeta!

Augusto dos Anjos

O Sono das Águas

Há uma hora certa,

no meio da noite, uma hora morta,

em que a água dorme.

Todas as águas dormem:

no rio, na lagoa,

no açude, no brejão, nos olhos d’água,

nos grotões fundos

E quem ficar acordado,

na barranca, a noite inteira,

há de ouvir a cachoeira

parar a queda e o choro,

que a água foi dormir…

Águas claras, barrentas, sonolentas,

todas vão cochilar.

Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,

fios brancos, torrentes.

O orvalho sonha

nas placas da folhagem

e adormece.

Até a água fervida,

nos copos de cabeceira dos agonizantes…

Mas nem todas dormem, nessa hora

de torpor líquido e inocente.

Muitos hão de estar vigiando,

e chorando, a noite toda,

porque a água dos olhos

nunca tem sono…



GUIMARÃES ROSA

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