WATLER CRANE

JEAN LEON GEROME

JEAN LEON GEROME

LIVROS RELEVANTES

  • A. Soljenish: Pavilhão de Cancerosos
  • Baltasar Gracián: Arte da Prudência
  • Charles Baudelaire: Flores do Mal
  • Emile Zola: Germinal
  • Erich Fromm: Medo à Liberdade
  • Fernando Pessoa: O Livro do Desassossego
  • Fiódor Dostoiévski: O Eterno Marido
  • Franz Kafka: O Processo
  • Friedrich Nietzsche: Assim Falou Zaratustra
  • Friedrich Nietzsche: Humano, demasiado humano
  • Fritjof Capra: O Ponto de Mutação
  • Goethe: Fausto
  • Goethe: Máximas e Reflexões
  • Jean Baudrillard: Cool Memories III
  • John Milton: Paraíso Perdido
  • Júlio Cortázar: O Jogo da Amarelinha
  • Luís Vaz de Camões: Sonetos
  • Mario Quintana: Poesia Completa
  • Michele Perrot: As Mulheres e os Silêncios da História
  • Miguel de Cervantes: Dom Quixote de La Mancha
  • Philip Roth: O Anjo Agonizante
  • Platão: O Banquete
  • Robert Greene: As 48 Leis do Poder
  • Salman Rushdie: O Chão que ela pisa
  • Schopenhauer: O Mundo como Vontade e Representação
  • Stendhal: Do Amor
  • Sun Tsu: A Arte da Guerra
  • William Faulkner: Luz em Agosto
  • William Shakespeare: Hamlet

EDVARD MUNCH

JEAN PERRAULT

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

EMIL CIORAN

Ao indivíduo acostumado ao íntimo das profundidades, o «mistério»
não intimida; não fala dele e não sabe o que seja: vive-o... A realidade
em que se move não comporta outra: não tem uma zona inferior nem
um além: está abaixo de tudo e para além de tudo. Farto de
transcendência, superior às operações do espírito e às servidões que se
lhe associam, repousa na sua curiosidade inexaurível... Nem a religião
nem a metafísica o intrigam: o que poderia sondar ele que se encontra
já em pleno insondável? Cumulado, está-o sem dúvida; mas ignora
se continua a existir.
Afirmamo-nos na medida em que, por trás de uma realidade dada,
perseguimos uma outra e em que, para além do próprio absoluto,
continuamos à procura. A teologia detém-se em Deus? De maneira
nenhuma. Quer remontar mais alto, tal como a metafísica que, ao mesmo
tempo que investiga a essência, não se digna fixar-se nela. Uma e outra
temem ancorar num princípio último; passam de segredo em segredo;
incensam o inexplicável e abusam dele sem pudor. O mistério, que
oferenda! Mas que maldição pensar tê-lo atingido, imaginar que o
conhecemos e que poderemos residir nele! Já não há que procurar:
aí está ele, ao alcance da mão. Da mão de um morto.

Emil Cioran

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