Volta a teus deuses profundos; estão intactos,
estão ao fundo com suas chamas esperando;
nenhum sopro do tempo as apaga.
Os silenciosos deuses práticos
ocultos na porosidade das coisas.
Hás rodado no mundo,
perdeste teu nome, tua cidade,
assíduo a visões fragmentárias;
de tantas horas que reténs?
A música de ser é destoante
porém a vida continua
e certos acordes prevalecem.
A terra é redonda por desejo
de tanto gravitar;
a terra arredondará todas as coisas
cada uma a seu término.
De tantas viagens pelo mar
de tantas noites
ao pé de tua lâmpada,
só estas vozes te circundam;
decifra nelas o eco de teus deuses;
estão intactos, estão cruzando
mudos com seus olhos de peixes
ao fundo de teu sangue.
( EUGÊNIO MONTEJO )
LIVROS RELEVANTES
- A. Soljenish: Pavilhão de Cancerosos
- Baltasar Gracián: Arte da Prudência
- Charles Baudelaire: Flores do Mal
- Emile Zola: Germinal
- Erich Fromm: Medo à Liberdade
- Fernando Pessoa: O Livro do Desassossego
- Fiódor Dostoiévski: O Eterno Marido
- Franz Kafka: O Processo
- Friedrich Nietzsche: Assim Falou Zaratustra
- Friedrich Nietzsche: Humano, demasiado humano
- Fritjof Capra: O Ponto de Mutação
- Goethe: Fausto
- Goethe: Máximas e Reflexões
- Jean Baudrillard: Cool Memories III
- John Milton: Paraíso Perdido
- Júlio Cortázar: O Jogo da Amarelinha
- Luís Vaz de Camões: Sonetos
- Mario Quintana: Poesia Completa
- Michele Perrot: As Mulheres e os Silêncios da História
- Miguel de Cervantes: Dom Quixote de La Mancha
- Philip Roth: O Anjo Agonizante
- Platão: O Banquete
- Robert Greene: As 48 Leis do Poder
- Salman Rushdie: O Chão que ela pisa
- Schopenhauer: O Mundo como Vontade e Representação
- Stendhal: Do Amor
- Sun Tsu: A Arte da Guerra
- William Faulkner: Luz em Agosto
- William Shakespeare: Hamlet
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