O céu colabora na nossa vida íntima, vive connosco, acompanha-nos na
mudança do nosso ser; é um confidente, é um consolador; invoca-se,
fala-se-lhe. Olhar o céu é, nos nossos climas, uma ocasião de viver:
instintivamente, voltamos para ele os nossos olhos. O poeta meridional,
cheio de imagens e de cores, contempla-o; o burguês trivial, admira-o;
pela manhã, abre-se a janela e vai-se ver o céu! É um íntimo sempre
presente na nossa vida; o nosso estado depende dele: enevoado,
entristece-nos; claro e lúcido, alegra-nos; cheio de nuvens eléctricas,
enerva-nos. É no Céu que vemos Deus... E mesmo despovoado de
deuses, é ainda para o homem o lugar donde ele tira força, consolação
e esperança. A paisagem é feita por ele, a arte imita-o,
os poetas cantam-no.
EÇA DE QUEIRÓS
LIVROS RELEVANTES
- A. Soljenish: Pavilhão de Cancerosos
- Baltasar Gracián: Arte da Prudência
- Charles Baudelaire: Flores do Mal
- Emile Zola: Germinal
- Erich Fromm: Medo à Liberdade
- Fernando Pessoa: O Livro do Desassossego
- Fiódor Dostoiévski: O Eterno Marido
- Franz Kafka: O Processo
- Friedrich Nietzsche: Assim Falou Zaratustra
- Friedrich Nietzsche: Humano, demasiado humano
- Fritjof Capra: O Ponto de Mutação
- Goethe: Fausto
- Goethe: Máximas e Reflexões
- Jean Baudrillard: Cool Memories III
- John Milton: Paraíso Perdido
- Júlio Cortázar: O Jogo da Amarelinha
- Luís Vaz de Camões: Sonetos
- Mario Quintana: Poesia Completa
- Michele Perrot: As Mulheres e os Silêncios da História
- Miguel de Cervantes: Dom Quixote de La Mancha
- Philip Roth: O Anjo Agonizante
- Platão: O Banquete
- Robert Greene: As 48 Leis do Poder
- Salman Rushdie: O Chão que ela pisa
- Schopenhauer: O Mundo como Vontade e Representação
- Stendhal: Do Amor
- Sun Tsu: A Arte da Guerra
- William Faulkner: Luz em Agosto
- William Shakespeare: Hamlet
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